Das
duas, uma: ou a matemática era um dos seus piores pesadelos nos tempos de escola
ou você pegou tanto gosto pelos números que resolveu seguir uma profissão
relacionada a eles quando crescesse.
Seja qual for o seu caso, não tem como não achar incrível a transformação dos
números por meio de fórmulas e a possibilidade de calcular fenômenos da natureza
inteiros só com conhecimentos de aritmética, álgebra ou geometria.
Pensando nesses fatores que impressionam desde os matemáticos até os já que
encararam uma reprovação, reunimos abaixo algumas curiosidades e fatos sobre
essa ciência que pode ser bastante divertida – e que muita gente ama odiar.
1. O poder do “4”
Essa aqui é mérito nacional e bastante conhecido de quem já gostava de
matemática na infância. Escrito pelo brasileiro Júlio César de Melo e Sousa, sob
o pseudônimo Malba Tahan, o livro “O Homem que Calculava” trazia, entre outras
teorias, a dos “quatro quatros”.
Segundo ela, é possível formar qualquer número inteiro de 0 a 100 utilizando
quatro numerais 4 e sinais de operações matemáticas, como soma, divisão,
exponenciação ou fatorial. Deseja obter um “3”? É só fazer a seguinte operação:
(4+4+4)/4. Fãs de Tahan já afirmam conseguir obter qualquer número até a casa
dos 100.000. Será que você consegue?
2. Como é que é?
O austríaco Kurt Gödel é responsável por uma das curiosidades mais interessantes
e bizarras da matemática. O “Teorema da incompletude” que leva seu nome tem duas
teorias, mas a segunda delas é capaz de confundir a cabeça até do fã mais
radical dessa ciência.
Segundo ela, uma teoria aritmética só pode provar sua consistência se for um
axioma inconsistente. Calma, explicamos: uma fórmula não pode garantir sua
própria existência – mas isso pode ser feito por outra verdade matemática, que
dá continuidade ao ciclo. Que confusão!
3. Ele está em todo lugar
O
número de ouro é uma das teorias mais surpreendentes da matemática – e também a
que mais está envolvida em mentiras. Ela fala de uma unidade irracional que
estaria presente em vários elementos da natureza, da arquitetura e
até do corpo humano.
Representado pelo símbolo grego Phi (f), o número 1,6180, que
seria equivalente à razão diagonal/lado de um pentágono regular, é estudado
desde a Antiguidade por matemáticos. Ele indicaria a harmonia, por isso estaria
presente em obras de Leonardo da Vinci, construções como as Pirâmides do Egito e
até no comprimento das falanges humanas. Mas isso também o levou a ser
questionado por muitos outros teóricos recentes, que afirmam que a presença dele
em obras de arte é pura especulação.
4. Recompensa cheia de números
Em 2000, o Clay Mathematics Institute anunciou que pagaria o prêmio de US$ 1
milhão a cada matemático que fosse capaz de resolver os chamados “problemas do
milênio”: sete problemas bolados durante vários séculos e que nunca haviam sido
resolvidos.
Ninguém nega que o prêmio é bom, mas isso não significa que ele sairia tão
facilmente. Demorou dez anos para a fundação desembolsar o primeiro dos sete
pagamentos, feito ao russo Grigori Perelman, que resolveu a chamada “conjectura
de Poincaré”, uma série de cálculos abstratos envolvendo esferas
tridimensionais. Ele rejeitou o pagamento e, até agora, ainda é o único a riscar
um problema da lista.
5. Gênio precoce
O
matemático Evariste Galois é um dos destaques dessa ciência por seu conhecimento
elevado ainda na adolescência, quando muita gente não quer nem chegar perto dos
números. Ele chegou até a questionar os professores e abandonar as aulas para
estudar por livros de gênios já consagrados, pois se considerava um nível acima
daquilo tudo.
Nessa época, ele inventou um ramo totalmente novo da matemática, a “teoria dos
grupos”, na qual constava a resposta sobre como resolver uma equação do 5° grau
ou mais sem utilizar a transformação dos radicais, mas buscando as raízes da
fórmula.
6. Tem que estudar mais, menino!
A
nota média de matemática dos estudantes que se formaram no ensino médio em 2011
e prestaram o exame SAT
(Scholastic Aptitude Test) foi
de apenas 510 pontos, em um total de 800. O teste serve para avaliar a aptidão
do aluno e direcioná-lo para a universidade mais adequada.
7. Primo de quem?
Os números primos fazem parte de um dos mais simples e intrigantes mistérios da
matemática. Por que o 7, o 13 e o 29 são primos – e as unidades anteriores ou
seguintes não? O padrão de distribuição dessa classificação permanece
desconhecido, mas há uma luz no fim do túnel.
Chamada “Hipótese de Riemann”, a teoria tenta estabelecer um padrão escondido e
não aleatório para os números primos – mas entender isso leva ainda mais tempo
do que decorá-los.
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